Nos dois anos de pandemia, o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) fechou com alta de 23,14% em 2020 e 17,78% em 2021, esta evolução não reflete a realidade do mercado imobiliário de locação, o reajuste acumulado significaria um acréscimo de quase 40% nos contratos de locação.
Em um cenário de crise, o que se constatou foi que locadores e locatários passaram a negociar um ajuste que viabilizasse a continuidade do contrato de locação.
No entanto, como a negociação não é obrigatória e historicamente os contratos trazem previsão de reajuste pelo IGP-M, gerou-se uma situação de insegurança, o que justificou a apresentação do IVAR, novo índice lançado pela FVG com o objetivo de apresentar melhor o cenário de oferta e demanda do mercado de locação residencial.
Já no seu início, em dezembro de 2021, o IVAR subiu 0,66% em dezembro de 2021, e acumulou uma queda de 0,61% em 12 meses, bem diferente da medição do IGP-M que, para o mesmo período, manifestou uma alta de quase 20%.
O cálculo do novo índice terá como base dados de contratos assinados por inquilinos e proprietários, obtidos por empresas que administram imóveis no Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte. A divulgação do indicador será mensal.
Segundo Vinícius Nóbrega, sócio do escritório, “a novidade é positiva porque mostra uma alternativa à uma inflação alta, na casa de dois dígitos, que não traduz a real queda da renda familiar e a demanda de manutenção dos contratos de locação, que interessam tanto ao locador como ao locatário”.